Pelas retinas dele
me faço brincadeira
E fico assim até descançar
a minha alma brincante
no abrigo cristalino
do seu jardim de sonhos
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Lembro da sua voz falando de mim, fazendo-me rir, seus olhos me construindo a imagem. Transforma-me. Pinta-me como a um pavão e me traz um suspiro. Lembro dos seus dedos e da sua força em mim. Canta-me um caminho. Insiste em mudar-me de planeta. Cuida da minha gripe como que cuidando, sem se dar por isso, da minha frieza. Já não sinto medo.
Que me importa se amanhã nada existe mais? Que me importa se os ventos levam os nossos olhares para outras direções? Que me importa se estranho é o meu jeito de amar?
Que me importa se amanhã nada existe mais? Que me importa se os ventos levam os nossos olhares para outras direções? Que me importa se estranho é o meu jeito de amar?
sábado, 22 de novembro de 2008
Para brindar com pisco
Fico com seu cheiro, e como que embalada pelo meu presságio,
descanso no conforto da sua poesia. Me diz que não sou
estranha, conhece a textura da minha pele e sorri encantado
numa canção. Será que estávamos então combinados? Fala da
liberdade do meu espírito e me mostra os sons do seu. Acha
que vim de outro planeta. Não falo de mim, deixo que
orquestre o encontro. Escuto e observo. Tento compreender a
riqueza daquela horita. Leio seu corpo. Fotografa o meu.
Pára para devaneiar na luz que reflete nas minhas costas.
Entrelaces de pernas, um som andino vem da sala. Só há
presente. Tudo é estranhamente conhecido. Tudo é
estranhamente bonito...
descanso no conforto da sua poesia. Me diz que não sou
estranha, conhece a textura da minha pele e sorri encantado
numa canção. Será que estávamos então combinados? Fala da
liberdade do meu espírito e me mostra os sons do seu. Acha
que vim de outro planeta. Não falo de mim, deixo que
orquestre o encontro. Escuto e observo. Tento compreender a
riqueza daquela horita. Leio seu corpo. Fotografa o meu.
Pára para devaneiar na luz que reflete nas minhas costas.
Entrelaces de pernas, um som andino vem da sala. Só há
presente. Tudo é estranhamente conhecido. Tudo é
estranhamente bonito...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
GABRIEL
Menino bonito de língua atrevida
Um pontinho de luz
Manda notícias dos seus mais novos 1 metro e 23 centrímetros
Quantos deles eu perdi?
Enche nossas vidas de graça
Sorriso frouxo
Ainda te faltam dentes?
Corpinho de pato
ou será de pinguim?
Brincamos juntos nos meus sonhos
Ao acordar
Vejo que a brincadeira acabou
Estou longe da sua alegria
No friozinho dessa montanha
Sua lembrança é o cobertor da titia
Um pontinho de luz
Manda notícias dos seus mais novos 1 metro e 23 centrímetros
Quantos deles eu perdi?
Enche nossas vidas de graça
Sorriso frouxo
Ainda te faltam dentes?
Corpinho de pato
ou será de pinguim?
Brincamos juntos nos meus sonhos
Ao acordar
Vejo que a brincadeira acabou
Estou longe da sua alegria
No friozinho dessa montanha
Sua lembrança é o cobertor da titia
reviro-me entre os fungos da minha memória
e te encontro encantado em frestas de pensamento
revivo o seu gosto
quem é você, ser de Leão?
que poder tens de me fazer abandonar a mim?
E lá ela está
partida a minha alma
a solidão me caça
depois de você
os ventos só passaram
seu furacão ainda bagunça a minha calma
desarruma minha ordenada prateleira de desgostos arquivados
acho-te em mim a todo tempo
te afasto do meu raio
mas teu espectro ronda ronda ronda
segundos de ilusão: pensei ter te esquecido
mas você vive em mim
como um parasita
já nada me trás nem me tira
nem mesmo o sono ou o fôlego
mas nada tira você de mim
e se eu me perguntar se existe amor
não tenho respostas
só as mesmas velhas dúvidas de antes
quando me deixei perder
para nunca me encontrar
nunca
e te encontro encantado em frestas de pensamento
revivo o seu gosto
quem é você, ser de Leão?
que poder tens de me fazer abandonar a mim?
E lá ela está
partida a minha alma
a solidão me caça
depois de você
os ventos só passaram
seu furacão ainda bagunça a minha calma
desarruma minha ordenada prateleira de desgostos arquivados
acho-te em mim a todo tempo
te afasto do meu raio
mas teu espectro ronda ronda ronda
segundos de ilusão: pensei ter te esquecido
mas você vive em mim
como um parasita
já nada me trás nem me tira
nem mesmo o sono ou o fôlego
mas nada tira você de mim
e se eu me perguntar se existe amor
não tenho respostas
só as mesmas velhas dúvidas de antes
quando me deixei perder
para nunca me encontrar
nunca
domingo, 5 de outubro de 2008
e por me atraver a ser feliz, embarco no desconhecido...
sinto a sonoridade da existência em mil arrepios de vento que passa e o mundo vem até a mim e se mostra nú... e eu, humana, temo, mas não ha tempo. A entrega urge e diante de mim está um cardápio de sensações que os dias me oferecem. Provo-as! Trago para mim a inexplicação de tudo e deixo que em mim entre o novo...
sinto a sonoridade da existência em mil arrepios de vento que passa e o mundo vem até a mim e se mostra nú... e eu, humana, temo, mas não ha tempo. A entrega urge e diante de mim está um cardápio de sensações que os dias me oferecem. Provo-as! Trago para mim a inexplicação de tudo e deixo que em mim entre o novo...
sábado, 4 de outubro de 2008
Frio que entra nos ossos e assombra minha carência... pede um calor de você, que assim como chega se vai. De tarde, você se mistura com as cores do outono e a gente sorri, porque não há mais tempo nesse mundo. De noite, o calor dos lençóis dá lugar ao convite à solidão calendária. E eu olho para mim com olhar de névoa fria, e me sinto gelando. Olho ao redor: escuridão e seu cheiro. Amanhã, serei só eu novamente, inteira, sempre buscando.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Ei, Dona Wal!
... e quando for de manhã e reparar que a minha caminha está vazia, sonha com meu cheiro, porque irreal é a nossa existência...
quinta-feira, 13 de março de 2008
quarta-feira, 5 de março de 2008
Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Chico Buarque
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Chico Buarque
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Já passou
Já passou, já passou
Se você quer saber
Eu já sarei, já curou
Me pegou de mal jeito
Mas não foi nada, estancou
Já passou, já passou
Se isso lhe dá prazer
Me machuquei, sim, supurou
Mas afaguei meu peito
E aliviou
Já falei, já passou
Faz-me rir
Ha ha ha
Você saracoteando
Daqui prá acolá
Na Barra, na farra
No forró forrado
Na Praça Mauá, sei lá
No Jardim de Alah
Ou num clube de samba
Faz-me rir, faz-me engasgar
Me deixa catatônico
Com a perna bamba
Mas já passou, já passou
Recolha o seu sorriso
Meu amor, sua flor
Nem gaste o seu perfume
Por favor
Que esse filme
Já passou
Chico Buarque
Se você quer saber
Eu já sarei, já curou
Me pegou de mal jeito
Mas não foi nada, estancou
Já passou, já passou
Se isso lhe dá prazer
Me machuquei, sim, supurou
Mas afaguei meu peito
E aliviou
Já falei, já passou
Faz-me rir
Ha ha ha
Você saracoteando
Daqui prá acolá
Na Barra, na farra
No forró forrado
Na Praça Mauá, sei lá
No Jardim de Alah
Ou num clube de samba
Faz-me rir, faz-me engasgar
Me deixa catatônico
Com a perna bamba
Mas já passou, já passou
Recolha o seu sorriso
Meu amor, sua flor
Nem gaste o seu perfume
Por favor
Que esse filme
Já passou
Chico Buarque
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