segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Do porquê de ser antropóloga
Sou antropóloga por profissão e paixão. Gosto de olhar o mundo e registrar minhas impressões sobre o estranho. Me tira o fôlego estar no meio do povo, ver as cores, sentir o cheiro, ouvir a música e sentir os sabores de tudo aquilo que não conheço, mas, principalmente, tenho especial atenção em registrar na minha alma as mudanças que o estranho opera em mim. E se a ciência me oferece uma forma de olhar, a poesia me conecta ao mundo. Poesia é sentir! Assim e sem mais, escolhi como profissão sentir o mundo...
Meu menino
derretido vento de menino que sopra sopro leve devagar... menino que cresce aos olhos cegos meus que não te vêem mas te acompanham sem parar... menino de olhar de maresia, cabelo escorrido pela testa, ombrinhos arqueados das vidas que trás em si... menino meu, onde andará?
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Coração exilado
meu coração
ser de pulso buscante
náufrago
meu coração de caminhos errantes
traz talhada sua identidade
meu coração
vive longe
em terra de um amor só
é possível levantar moradia?
meu coração
eternamente ligado às raízes dos meus amores
exilado
ser de pulso buscante
náufrago
meu coração de caminhos errantes
traz talhada sua identidade
meu coração
vive longe
em terra de um amor só
é possível levantar moradia?
meu coração
eternamente ligado às raízes dos meus amores
exilado
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O oculto em mim
Escrever me expande para além da possibilidade de mim mesma.
Leva-me a espaços desconhecidos em mim. Depois que leio o
que escrevo, aquelas palavras já não são minhas, senão de
uma entidade desconhecida, mas que me habita. Esse movimento
de expansão do ser é o oculto que me passa desapercebido. E
é justamente essa esfera inalcançável de mim que eu preciso
buscar e encontrar.
Leva-me a espaços desconhecidos em mim. Depois que leio o
que escrevo, aquelas palavras já não são minhas, senão de
uma entidade desconhecida, mas que me habita. Esse movimento
de expansão do ser é o oculto que me passa desapercebido. E
é justamente essa esfera inalcançável de mim que eu preciso
buscar e encontrar.
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