sexta-feira, 29 de junho de 2007

Parem o mundo que eu quero descer!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Uma besteirinha de aniversário...

Trocando uma idéia com Raul no dia do nosso aniversário.

Hoje eu acordei, pensei: “É verdade... mais um aniversário, né?” Que farei eu neste dia de chuva fina? Vou ligar pra Raulzito pra saber dele o que vamos fazer. De repente ele vai comigo pra Zauber, né? To atrás de uma companhia para esta data, ninguém melhor que um canceriano”.

Eu: E aí, Raul, beleza? Cara, mais um dia vinte e oito de junho. Acho isso uma merda, sei lá, esse negócio de aniversário... O que você ta fazendo?
Ele: Estou sentado em minha cama, tomando meu café pra fumar...
Eu: pois é... eu to nessa. Mas me diga de você? Como ce tá?
Ele: Trancado dentro de mim mesmo
Raul tava com uma voz esquisita, pra baixo, acho que ele também tava na DR do aniversário, sei lá...
Eu: entendo... Sei lá, canceriano do primeiro decanato... Acho que isso piora as coisas pro nosso lado, achas?
Ele: É, porém, mas, todavia...
Eu: ta em casa?
Ele: Sou um canceriano sem lar...
Eu: compreendo muito bem. To passando por isso, sabe. Poxa, ta, tudo bem, to mega dividida, mas sabe quando você fica sem noção, várias referências, mas nenhuma que te contemple de fato? Sem falar que lar para este signo bizarro é um fator de equilíbrio ou desequilíbrio, que parece ser o nosso caso. Poxa, acho que é viagem minha, coisa de inferno astral, deve ser... Você também ta nessa DR?
Ele: Pergunto à nuvem preta quando o sol vai brilhar.
Eu: Canceriano é um bicho estranho mesmo, né? Às vezes dá aquele baixo astral... impressionante. Mais impressionante ainda é a velocidade com que ele chega e com que ele vai...
Raul suspirava e entre um trago e outro lançou essa:
Ele: estou deitado em minha vida e o soro que me induz a lutar...
Senti dignidade na sua fala, sabe? Daquelas de quem está tentando superar qualquer coisa de adversa.
Eu: Cara, to achando você meio assim, sei lá. Conta pra mim onde você está?
Ele: Estou na Clínica Tobias, tão longe do aconchego do lar.
Eu: ah! To ligada. Aí é massa né? Deixam entrar celular e tudo? To ligada que você dá aquela escapadinha... Que bom que eles não usam choque elétrico. De repente, dou uma passada aí... Se bem que São Paulo é foda... Mas por que dessa vez? Tem algo te incomodando?
Ele: Sou um canceriano sem lar...
Eu: Ai querido Raul, esse papo ta mega esotérico...
Ele: eu sou astrólogo!
Eu: Falou, Raul. Fica bem, ta. Qualquer coisa me liga.

Só me restou desligar e procurar o que fazer deste dia. Ah! É o dia mundial do orgulho gay!!! Será que Raul sabe? Tornei a ligar para comunicar a minha lembrança. Mas percebo um Raul um tanto quanto saidinho...

Eu: Raul, eu de novo. Velho, hoje é dia mundial do orgulho gay. Não sei por que lembrei de você e de te avisar sobre esta importante comemoração.
Raul respondeu meio pirado com a minha cara.
Ele: Vem cá, mulher, deixa de manha minha cobra que quer comer a sua aranha.
Eu: Falou Raul, beijo tchau.

Porra, que viagem de Raul. Há uns anos atrás até que ele dava um caldo, mas agora fazendo 62 anos, ta foda né?! Isso é tudo o que me resta dessa festa...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O que é o pensamento?

Silêncio de um cipreste
(Cartola e Carlos Cachaça)

Todo mundo tem o direito
De viver cantando
O meu único defeito
É viver pensando
Em que não realizei
E é difícil realizar
Se eu pudesse dar um jeito
Mudaria o meu pensar

O pensamento é uma folha desprendida
Do galho de nossas vidas
Que o vento leva e conduz
É uma luz vacilante e cega
É o silêncio do cipreste
Escoltado pela cruz

Seios fartos

Seios fartos de uma gente de sonho e de santo
E de outra gente nem tanto assim
Seios fartos de muita gente
Seios fartos de águas de muitos mares,
que acolhem teus filhos e filhas
E filhos de muitos outros

É feito de lenda o teu existir
Mas nada é mais real que a tua vibração nos meus dias
São teus os meus sábados
E com rosas brancas em número sete lavo a alma para que não me esqueças
Eu ainda hei de me perder nos teus cabelos, Senhora guia do meu caminhar

Peço licença para banhar-me em tuas águas
Espelho-me em ti, tal qual maré cheia
Maré cheia de graça, cheia de si
Entrego a minha vida em tuas ondas
E assim ela é: cheia e vazante, forte e seca
Num constante movimento
Que encontra em ti, minha mãe, a força para a continuidade

Te dou meus pés e minha cabeça
Chamo-te minha mãe Iemanjá
E por tudo agradeço
Odo Iyá

Sobre os vinte e cinco

Lembro-me dos meus vinte e dois
Não sei por que exatamente
Lembro?
Acho que sim...
De repente lembrei desse aniversário
(que acho que não lembro)
Lembro a lebre...
Amanhã...

Amanhã, vinte e oito
Amanhã, vinte e cinco
Lembro dos vinte e três
Queria esquecer dos vinte e quatro
Vinte e dois é uma idade bonita
Vinte e cinco?
Um quarto de século.

Sinto no astral uma ponta de inferno
Coisa de zodíaco
Pobre menina,
Inventou de estrear em junho...
Para todos os efeitos
O mês-mangue
Mês-andada
Mês-caranguejo
Nada fácil a vida de caranguejo...

Vinte e oito...
Um dia fechativo
(bem verdade)
Tenho certeza que era um dia de chuva
Tenho certeza que havia um arco-íris...
Meus dias de menina
De uma meninice absurda
De brincar com as palavras
De me dar ao luxo de não sentir dor
São dias todos meus

Esses dias são assim
De um colorido só meu
De cores criadas só para mim
Dias de descobertas
Dias de ganhar brinquedos novos

Brinquedinhos de palavras
Me descubro amante dos significados
Que nascem em dias de chuva
Dias de nada
Dias de brincadeira

Criando

Cria minha, minha criatura
Crença cretina de querer criar
Criança crescendo aprendendo a brincar
Entanto, cruz caída
Nenhuma criação
Madeira sem talhar

Expondo-me

Enfim aderi... Ultimamente tenho aderido a muitas coisas...Virtualmente, principalmente. Primeiro, ao "bendito" orkut, agora ao blog... Mais uma medida de exposição para uma possível execução sumária. Ai bicha, você está de mau humor? Sou canceriana e de Iemanjá. Humor é algo irremediável para mim! Voltando a minha nova exposição virtual, estou eu aqui, para compartilhar as minhas dr's com o algo mais estranho que existe em mim, para falar sobre o meu campo, quem sabe falar sobre antropologia talvez, além de bobagens inevitáveis... Estou seguindo o meu coelho branco... Siga o seu...
Sou de água batendo
Sou Iansã montada
Leve rio doce
Lágrimas, choro, riso frouxo, mau humor
Brilho de ouro e de prata
Vermelho sangue no sangue de quem sou
Amarelo, azul e cristal
Sou Inaê na pedra
Longe, no barulho do mar
Sou Oxum dançando na cachoeira
Vaidosa menina
Mãe, filha, amante, guerreira, mulher.
Sou raio, chuva, vento, trovão,
Sou onda, sou rio
Sou Nanã, sou Oba.
Todas elas em mim
Sendo quem posso ser
Cabeça de uma, frente de outra
Força de todas juntas
Eu Mulher