Fui longe
Andei a caçar entendimento
Anotando e apagando
as impressões do estranhamento
Escrevi os mapas em minha pele
E caminhei
porque era preciso caminhar
Me vi entre os montes
Encontrei meu sendero luminoso
e a revolução se fez em mim
Rasguei meus mapas
Rasguei-me sem saber
Pensei haver chegado
naquele lado esperado
De longe, vi-me Bahia
toda Ela, toda Sol
Percebi-me ritmo, riso, pulso
Percebi-me longe e só
Meu sendero deixou de iluminar
E o vento que às vezes sopra do sul
vem me contar em silêncio
coisas da minha gente
coisas de mim
Já não posso ficar
Que me perdoem os Andes
mas o Mar
sempre será meu Lar
Reabro-me em mapas
Bússula ao punho
Meu olhar te busca,
Direção
domingo, 20 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Do porquê de ser antropóloga
Sou antropóloga por profissão e paixão. Gosto de olhar o mundo e registrar minhas impressões sobre o estranho. Me tira o fôlego estar no meio do povo, ver as cores, sentir o cheiro, ouvir a música e sentir os sabores de tudo aquilo que não conheço, mas, principalmente, tenho especial atenção em registrar na minha alma as mudanças que o estranho opera em mim. E se a ciência me oferece uma forma de olhar, a poesia me conecta ao mundo. Poesia é sentir! Assim e sem mais, escolhi como profissão sentir o mundo...
Meu menino
derretido vento de menino que sopra sopro leve devagar... menino que cresce aos olhos cegos meus que não te vêem mas te acompanham sem parar... menino de olhar de maresia, cabelo escorrido pela testa, ombrinhos arqueados das vidas que trás em si... menino meu, onde andará?
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Coração exilado
meu coração
ser de pulso buscante
náufrago
meu coração de caminhos errantes
traz talhada sua identidade
meu coração
vive longe
em terra de um amor só
é possível levantar moradia?
meu coração
eternamente ligado às raízes dos meus amores
exilado
ser de pulso buscante
náufrago
meu coração de caminhos errantes
traz talhada sua identidade
meu coração
vive longe
em terra de um amor só
é possível levantar moradia?
meu coração
eternamente ligado às raízes dos meus amores
exilado
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O oculto em mim
Escrever me expande para além da possibilidade de mim mesma.
Leva-me a espaços desconhecidos em mim. Depois que leio o
que escrevo, aquelas palavras já não são minhas, senão de
uma entidade desconhecida, mas que me habita. Esse movimento
de expansão do ser é o oculto que me passa desapercebido. E
é justamente essa esfera inalcançável de mim que eu preciso
buscar e encontrar.
Leva-me a espaços desconhecidos em mim. Depois que leio o
que escrevo, aquelas palavras já não são minhas, senão de
uma entidade desconhecida, mas que me habita. Esse movimento
de expansão do ser é o oculto que me passa desapercebido. E
é justamente essa esfera inalcançável de mim que eu preciso
buscar e encontrar.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Maya
eu sou aquele erro borrado, apagado, manchado e nunca
esquecido... eu sou o velho, o renovado, o constante nas
incostâncias constantes... eu sou o covarde vestido de
coragem... eu sou o que bem sei e esqueço e, ainda, aquilo
que inventei de aferroar na minha idéia de mente... maya?
bem que poderia ser...
esquecido... eu sou o velho, o renovado, o constante nas
incostâncias constantes... eu sou o covarde vestido de
coragem... eu sou o que bem sei e esqueço e, ainda, aquilo
que inventei de aferroar na minha idéia de mente... maya?
bem que poderia ser...
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