terça-feira, 21 de outubro de 2008

reviro-me entre os fungos da minha memória
e te encontro encantado em frestas de pensamento
revivo o seu gosto
quem é você, ser de Leão?
que poder tens de me fazer abandonar a mim?
E lá ela está
partida a minha alma
a solidão me caça
depois de você
os ventos só passaram
seu furacão ainda bagunça a minha calma
desarruma minha ordenada prateleira de desgostos arquivados
acho-te em mim a todo tempo
te afasto do meu raio
mas teu espectro ronda ronda ronda
segundos de ilusão: pensei ter te esquecido
mas você vive em mim
como um parasita
já nada me trás nem me tira
nem mesmo o sono ou o fôlego
mas nada tira você de mim
e se eu me perguntar se existe amor
não tenho respostas
só as mesmas velhas dúvidas de antes
quando me deixei perder
para nunca me encontrar
nunca

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