domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mapas

Fui longe
Andei a caçar entendimento
Anotando e apagando
as impressões do estranhamento
Escrevi os mapas em minha pele
E caminhei
porque era preciso caminhar
Me vi entre os montes
Encontrei meu sendero luminoso
e a revolução se fez em mim
Rasguei meus mapas
Rasguei-me sem saber
Pensei haver chegado
naquele lado esperado
De longe, vi-me Bahia
toda Ela, toda Sol
Percebi-me ritmo, riso, pulso
Percebi-me longe e só
Meu sendero deixou de iluminar
E o vento que às vezes sopra do sul
vem me contar em silêncio
coisas da minha gente
coisas de mim
Já não posso ficar
Que me perdoem os Andes
mas o Mar
sempre será meu Lar
Reabro-me em mapas
Bússula ao punho
Meu olhar te busca,
Direção

Um comentário:

Débora Cecília disse...

"Que perdoe os Andes
mas o Mar
sempre será meu Lar"
...
descoberta!