quarta-feira, 27 de junho de 2007

Seios fartos

Seios fartos de uma gente de sonho e de santo
E de outra gente nem tanto assim
Seios fartos de muita gente
Seios fartos de águas de muitos mares,
que acolhem teus filhos e filhas
E filhos de muitos outros

É feito de lenda o teu existir
Mas nada é mais real que a tua vibração nos meus dias
São teus os meus sábados
E com rosas brancas em número sete lavo a alma para que não me esqueças
Eu ainda hei de me perder nos teus cabelos, Senhora guia do meu caminhar

Peço licença para banhar-me em tuas águas
Espelho-me em ti, tal qual maré cheia
Maré cheia de graça, cheia de si
Entrego a minha vida em tuas ondas
E assim ela é: cheia e vazante, forte e seca
Num constante movimento
Que encontra em ti, minha mãe, a força para a continuidade

Te dou meus pés e minha cabeça
Chamo-te minha mãe Iemanjá
E por tudo agradeço
Odo Iyá

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